28/07/2023

    Teste: rodamos 1.300km com os pneus Kenda K-Rad Elite - Bikemagazine

    Modelos desenvolvidos para o BMX Dirt Jump, Pump Track e Flatland são perfeitos também para antigas mountain bikes aro 26 com retrofit gravelO K-Rad Elite 26x.2.3 em açãoDo Bikemagazine Texto e fotos:

    Teste: rodamos 1.300km com os pneus Kenda K-Rad Elite - Bikemagazine

    Modelos desenvolvidos para o BMX Dirt Jump, Pump Track e Flatland são perfeitos também para antigas mountain bikes aro 26 com retrofit gravel

    O K-Rad Elite 26x.2.3 em ação

    Do Bikemagazine
    Texto e fotos: Marcos Adami

    No dia 3 de março iniciamos a avaliação de um par de pneus Kenda modelo K-Rad Elite enviados ao Bikemagazine pela importadora Isapa, de São Paulo. O modelo K-Rad é anunciado pela empresa como um pneu destinado a bikes aro 26 para quem pratica pump track e dirt jump e também para manobras flat e “rolês de street”, como dizia o material de divulgação.

    O Kenda K-Rad Elite é vendido no Brasil a R$ 259

    O lançamento no Brasil coincidiu com um projeto pessoal de restaurar uma antiga mountain bike rígida de aro 26 da marca Mongoose, fabricada ali pelo início da década de 1990, com quadro e garfo de cromo-molibdênio com geometria clássica.

    Os largos pneus deram um novo visual à antiga Mongoose Hill Topper 1992

    Tenho uma história de anos com essa bicicleta e decidi iniciar um projeto de restauro completo com nova pintura e atualização dos componentes. A principal mudança foi a transmissão, que ganhou um pedivela XT e conjunto de trocador e câmbio traseiro XTR de 11 velocidades.

    As rodas foram montadas com aros de alumínio VZan Extreme, fitas de aro de qualidade, cubos Shimano FH-M430 de nível intermediário com raios e niples de inox para arrematar. Para combinar com o pneu, montei com câmaras de ar da própria Kenda 26×1.9/2.125 com válvula Schrader, aquelas de bico grosso, fáceis de calibrar em qualquer lugar do mundo e perfeitas para quem gosta de cicloturismo como eu.

    Os K-Rad Elite têm talão dobrável em Kevlar e contam com a tecnologia Dual Tread Compound, que mescla dois tipos de borracha, mais dura no centro da banda de rodagem e mais macia nas laterais. A carcaça é bastante robusta, com 60 TPI e 760 gramas de peso. É um pneu de uso bastante específico para modalidades em que o peso não é relevante. Chama a atenção a facilidade de montagem e desmontagem e os mais habilidosos nem vão precisar de espátulas.

    Foram 1.300 km em praticamente todo tipo de terreno

    Os pneus de largura 2.30 entraram justos no quadro e deram à bike um visual totalmente novo que combinaram perfeitamente com meu projeto. A bike ficou com cara de “gravel” e o rodar ficou excelente. O pneu tem cravos “quadrados” de tamanho médio e com textura rugosa no alto dos cravos e também com estrias na parte de baixo relevo que dão um estilo “tabuleiro de xadrez” todo peculiar ao pneu.

    Detalhe do desenho dos cravos do pneu ainda novo

    Ciclistas que usam os pneus montados sem câmara, ou seja, com o líquido selante instalado em aros apropriados para esta finalidade, vão se beneficiar bastante da vantagem de poder abusar de uma baixa calibragem. Um pneu mais murcho garante ao mesmo tempo mais conforto e tração, já que o pneu se beneficia da pouca pressão para ler melhor o terreno, com menos quiques das rodas e trancos no ciclista.

    Para quem pedala com câmaras como eu, o desafio é determinar a pressão ideal que garanta esta maciez, mas sem expor ao risco dos furos do tipo  “snake bite”, quando  o próprio aro faz duas perfurações na câmara de ar ao passar sobre um obstáculo mais obtuso.

    O pneu traseiro depois de 1.300km ainda com longa vida útil

    Fiz alguns testes e para meus 73kg o melhor é calibrar com 20 libras na dianteira e 25 na traseira. Se rodasse sem câmara eu acredito que 15 libras na dianteira e 20 libras na traseira seriam suficientes para deixar a bike ainda mais macia e divertida no off road.

    Durante a avaliação, rodei um total de 1.300 quilômetros (segundo o app Strava) em todos os tipos de pavimento, incluindo muita estrada de terra batida, trilhas com alguma lama, piso do tipo gravel propriamente dito (com piso de pedrisco), paralelepípedo, calçamento do tipo bloquete e, claro, asfalto.

    Vale lembrar que o K-Rad Elite foi desenvolvido originalmente para pisos firmes e secos, mas se sai muito bem em vários outros terrenos e condições, conforme constatamos.

    Visualmente, os pneus apresentavam um desgaste perceptível aos olhos e dentro da normalidade, sem ovalizações, cortes ou qualquer defeito. Tem muito pneu ainda pela frente.

    O K-Rad Elite tem carcaça robusta de 60TPI e pesa 760 gramas

    O pneu garante tração em praticamente todo tipo de terreno e tem bom grip em situações de barro e terrenos arenosos. Nas subidas em terreno seco, dá para sentir os cravos do pneu traseiro fazendo seu trabalho. Entretanto, nas subidas com pedras soltas é necessário calibrar bem a dosagem do pedivela, já que o pneu tende a patinar.

    Em freadas pânicas no asfalto molhado a aderência garante o controle sem sustos. E por falar em asfalto, pedalar no asfalto molhado é uma diversão, já que a roda dianteira produz um curioso barulho como o de uma torneira aberta, mas não é nada que incomode e até serve de companhia. Já nas descidas em asfalto liso, o barulho dos pneus é ainda mais agradável, como um zunido.

    FICHA TÉCNICA

    Pneu Kenda K-Rad 26×2.30”

    • Talão dobrável (Kevlar)
    • Tecnologia Dual Tread Compound (DTC)
    • ETRTO 58-559
    • 60 TPI
    • Peso 760g
    • Preço sugerido: R$ 259

    Agradecimentos:
    Cambuí Bike
    Joseilton Gomes
    Isapa
    Seppia Geração de Conteúdo

    Isenção de Responsabilidade & Aviso Legal

    As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do site. Nós apenas agregamos o conteúdo, caso tenha interesse em remover, entre em contato conosco.